As bolsas de valores de todo o mundo – incluindo a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) – sofrem fortes quedas nesta quinta-feira (4). O movimento global é consequência da preocupação dos mercados com o crescimento da economia mundial e um agravamento da crise européia, que leva os investidores a “fugirem” das ações, consideradas ativos de maior risco, e faz os preços caírem.
A saída de ativos considerados de maior risco é adotada como forma de defesa diante das elevadas incertezas em relação à trajetória das economias americana e européia, e o impacto de seu desaquecimento sobre os outros países.
O recuo fez o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmar nesta quinta que as bolsas estão derretendo "no mundo todo".
Os investidores temem que o crescimento da economia global, que ainda se recupera da crise financeira iniciada em 2008, perca força.
As preocupações ganharam força desde que o governo americano aumentou o limite para seu endividamento. A maior economia mundial terá que conter de forma representativa seus gastos e, desta forma, pode abalar a já complicada situação financeira do próprio país e das demais economias.
Esta semana, os EUA também revisaram para baixo o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, dando sinais de uma recuperação lenta e difícil.
"Acreditamos agora que há uma chance de 35% de recessão nos Estados Unidos no ano que vem, aproximadamente o dobro do que calculávamos no segundo trimestre", escreveu a economista do Bank of America Merril Lynch Michelle Meyer.
Segundo a Lerosa Investimentos, no Ibovespa "o clima de que ainda pode ficar pior antes de melhorar é majoritário".
Europa
A crise europeia ainda reforça o cenário de cautela, diante da contaminação para novos países de maior peso na região, como Itália e Espanha. Neste último, a crise já fez com que o prêmio de risco do país, que mede a desconfiança dos investidores em comprar títulos espanhóis em vez dos alemães, atingisse um novo nível máximo desde a criação do Euro.
A crise europeia ainda reforça o cenário de cautela, diante da contaminação para novos países de maior peso na região, como Itália e Espanha. Neste último, a crise já fez com que o prêmio de risco do país, que mede a desconfiança dos investidores em comprar títulos espanhóis em vez dos alemães, atingisse um novo nível máximo desde a criação do Euro.
A Espanha ainda sofre consequências da crise financeira internacional. Assim como Grécia e Estados Unidos, o país saiu da turbulência econômica com endividamento excessivo e as contas desequilibradas.
Fonte: Agência Reuters
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