Se os economistas pudessem dar um jeito de serem considerados como pessoas humildes e competentes, num mesmo nível que os dentistas, seria excelente! ( J. M. Keynes, 1930).
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Livro é finalista do 53 Premio Jabuti
Recentemente publiquei um capítulo do livro Teoria e Prática do Turismo no Espaço Rural em parceria com os professores Sampaio e Talita do Núcleo de Políticas Públicas (NPP) da FURB e o professor Cristhian da UACH (Chile). O artigo evidenciou o desenvolvimento do turismo no espaço rural explorando as experiências de Turismo Rural em Lages e de Turismo Comunicário no Rio Sagrado (Morretes-PR).
Acabei de receber um e-mail da editora informando que o livro está entre os 10 finalistas do Prêmio Jabuti na categoria Turismo e Hotelaria. Trata-se do principal prêmio lietrário do Brasil.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
AS 10 MELHORES CERVEJAS PREMIUM DO MUNDO
3 experts em cerveja elegem para a revista GQ as 10 melhores cervejas premium do mundo. E acordo com os especialistas a classificação foi a seguinte:
Fuller’s Vintage Alle (para acompanhar queijos)
Traquair Jacobite Alle (criada no século XVIII ideal para acompanhar carnes defumadas)
Schneider Weisse Tap (cerveja alemã ideal para acompanhar carne de caça)
Coruja Strix ( cerveja nacional ideal para acompanhar aves e carnes)
Orval (produzida na Bélgica por monges tem aroma de frutas)
La Trappe Quadrupel Oak Aged ( cerveja holandesa, envelhecida em diferentes barris)
Guiness (tradicional na Irlanda está cada vez mais popular em todo o mundo. Ideal para acompanhar ostras e mariscos)
Colorado Indica ( produzida em Ribeirão Preto , tem aromas e sabores frutados)
Brooklyn Black Chocolate Stout ( alta potência alcoólica e bastante doce)
Pilsener Urquell ( proveniente da República Tcheca é a primeira Pilsen do mundo, criada em 1842)
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Quais as similaridades e diferenças da crise de 2008 para a crise atual?
ma so Em
Compartilho um comentário interessante e de fácil entendimento retirado do UOL economia e produzido com o apoio da Agência Reuters que faz uma análise das semelhanças e diferenças entre a crise de 2008 e a crise que estamos passando agora em 2011. É um texto simples e objetivo que vale a pena ler para entender os pontos principais da crise atual.
A economia mundial mal se levantou da queda em 2008 e já começa a cambalear. A crise que se avista agora no horizonte é a mesma que a anterior, é um reflexo dela ou é totalmente nova? Afinal, quais são as semelhanças e diferenças entre a crise de 2008 e a de 2011?
Analistas concordam que as duas crises certamente não são isoladas. A crise global do momento é uma continuação --até mesmo um "efeito colateral"-- da crise de 2008.
Mas elas têm, sim, diferenças fundamentais.
A grande diferença é que, há três anos, o centro da crise eram os bancos americanos e europeus, ou seja, o setor privado. Desta vez, no entanto, o fantasma ronda os governos.
A grande diferença é que, há três anos, o centro da crise eram os bancos americanos e europeus, ou seja, o setor privado. Desta vez, no entanto, o fantasma ronda os governos.
Na verdade, como definiu o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o "abacaxi" da economia passou do colo dos bancos para o dos Estados. Os governos, que ajudaram os bancos em 2008, acabaram "comprando" o problema para si.
Em 2008, a crise do "subprime"
Desde o início dos anos 2000, o governo norte-americano reduziu as taxas de juros, gerando uma oferta elevada de crédito, afirma Ricardo Humberto Rocha, professor de Economia da Universidade de São Paulo (FEA-USP).
Os bancos emprestaram muito mais dinheiro do que tinham em caixa --eles estavam "alavancados" em mais de 20 vezes em seus valores-- sem se preocupar com uma situação futura pouco favorável, diz Daniel Miraglia, consultor da eyesonfuture e professor da Business School São Paulo (BSP).
E mais: os bancos tinham muitos papéis e empréstimos no setor imobiliário. Houve um exagero no endividamento dos cidadãos norte-americanos, que não tinham como pagar suas dívidas.
Os bancos emprestaram muito mais dinheiro do que tinham em caixa --eles estavam "alavancados" em mais de 20 vezes em seus valores-- sem se preocupar com uma situação futura pouco favorável, diz Daniel Miraglia, consultor da eyesonfuture e professor da Business School São Paulo (BSP).
E mais: os bancos tinham muitos papéis e empréstimos no setor imobiliário. Houve um exagero no endividamento dos cidadãos norte-americanos, que não tinham como pagar suas dívidas.
Isso desembocou na chamada "crise do subprime", em 2008. Faltou crédito, o consumo caiu, e o desempenho das empresas foi duramente afetado.
Para salvar os bancos, governos se endividaram
Para evitar que esses bancos quebrassem e houvesse um possível dano maior à economia mundial, os governos realizaram uma operação de resgate, injetando recursos públicos nas instituições bancárias.
"O sistema financeiro dos EUA foi praticamente estatizado, e o governo tornou-se sócio das instituições", diz Rocha.
O dinheiro público usado para salvar os bancos foi o principal motivo do alto endividamento atual dos governos. "Nos EUA, a dívida pública subiu cerca de 20% em relação ao PIB (Produto Interno Bruto)", diz Miraglia.
O dinheiro público usado para salvar os bancos foi o principal motivo do alto endividamento atual dos governos. "Nos EUA, a dívida pública subiu cerca de 20% em relação ao PIB (Produto Interno Bruto)", diz Miraglia.
Com a "operação salva-vidas" dos bancos, os governos apostavam que a economia de seus Estados voltaria a se recuperar.
Porém, a economia não cresceu na velocidade que se esperava. Com isso, o "remédio" do salvamento dos bancos surtiu apenas seu efeito colateral, mas não resolveu o problema em si.
Situação agora é "menos ruim" e não falta crédito
Agora, o setor privado está "numa boa", as empresas têm dinheiro em caixa, e vão bem, obrigado. O cenário de grandes quedas de PIB e recessão não é tão provável como em 2008, na opinião de Daniel Miraglia.
Não há falta de crédito, nem de liquidez.
"Em 2008, o sistema interbancário parou, os bancos não emprestavam dinheiro um para o outro, e até o sistema de linha de crédito para exportações foi paralisado. Parou o crédito no mundo", conta.
"Em 2008, o sistema interbancário parou, os bancos não emprestavam dinheiro um para o outro, e até o sistema de linha de crédito para exportações foi paralisado. Parou o crédito no mundo", conta.
Por enquanto, os bancos seguem com dinheiro em caixa e continuam emprestando, mas... "Se os empréstimos interbancários pararem, aí começa a ficar muito parecido com 2008."
Por outro lado, ressalva o consultor, agora os Estados já estão com os juros bastante baixos e os governos não contam com essa opção --de baixar os juros-- para ajudar a economia.
Diferença entre a crise da dívida nos EUA e na Europa: a moeda
A crise que agora ronda EUA e Europa tem uma diferença essencial entre as duas regiões: a moeda na qual um país tem sua dívida.
"Pela teoria econômica, um país que tem dívida em sua própria moeda, tem risco de moratória muito baixo", explica Miraglia. Isso porque o país pode decidir emitir mais moeda para pagar sua dívida, ainda que isso eleve um pouco sua inflação.
Nesse caso, os Estados Unidos levam grande vantagem em relação à Europa. Nos EUA, 100% da dívida pública é em dólar, e o próprio país é responsável pela emissão da moeda. Já na Europa, os países fazem suas dívidas em euro, e a moeda é emitida pelo Banco Central Europeu.
Além disso, na Europa cada país tem uma estrutura de dívida diferente, mas eles não têm o poder de emitir dinheiro.
Além disso, na Europa cada país tem uma estrutura de dívida diferente, mas eles não têm o poder de emitir dinheiro.
"A Grécia tem muito mais dívida em porcentagem do PIB do que a Alemanha. Logo, a Grécia precisa de uma política fiscal diferente da Alemanha", explica o economista.
Porém, com uma mesma moeda e a mesma taxa de juros, não dá para se fazer duas políticas diferentes.
Mais diferenças entre EUA e Europa
Uma solução sempre cogitada em períodos de crise é inflacionar o país para diminuir a dívida nominal em proporção do PIB, segundo a consultoria MB Associados. Entretanto, essa tática feita nas décadas de 1940 e 1950 no pós-guerra ocorre como consequência de um período prolongado de crescimento.
"Naquela época, os EUA eram o celeiro industrial do mundo e o crescimento junto com inflação permitiu que a dívida rapidamente diminuísse. Agora, não há esse horizonte para a economia americana", segundo relatório da consultoria.
No caso europeu, a situação é ainda mais preocupante talvez porque a idéia de uma solução da crise hoje passa também por um ajuste fiscal prolongado. Mas o peso do setor público na Europa é muito maior e poderá significar um desmantelamento de longo prazo do Estado do bem-estar social.
"Não nos parece uma transição simples nem fácil de fazer", informa o relatório.
Europa descartou criação de bônus em comum na zona do euro
Os investidores tinham expectativas de que fossem criados bônus em comum da zona do euro, uma iniciativa que tornaria o custo da dívida dos países mais fracos mais administrável. Mas a possibilidade foi descartada pelos líderes da Alemanha, Angela Merkel, e da França, Nicolas Sarkozy, em reunião em meados de agosto.
Por outro lados, os dois líderes defenderam a criação de uma taxa sobre aplicações financeiras e um imposto comum sobre empresas na zona do euro.
Além disso, propuseram uma maior integração da região e rigor nos gastos públicos como fórmula para recuperar a confiança dos mercados diante da crise financeira atual.
lução sempre cogitada em períodos de crise é inflacionar o país para diminuir a dívida nominal em proporção do PIB, segundo a consultoria MB Associados. Entretanto, essa tática feita nas décadas de 1940 e 1950 no pós-guerra ocorre como consequência de um período prolongado de crescimento.
"Naquela época, os EUA eram o celeiro industrial do mundo e o crescimento junto com inflação permitiu que a dívida rapidamente diminuísse. Agora, não há esse horizonte para a economia americana", segundo relatório da consultoria.
No caso europeu, a situação é ainda mais preocupante talvez porque a idéia de uma solução da crise hoje passa também por um ajuste fiscal prolongado. Mas o peso do setor público na Europa é muito maior e poderá significar um desmantelamento de longo prazo do Estado do bem-estar social.
"Não nos parece uma transição simples nem fácil de fazer", informa o relatório.
Europa descartou criação de bônus em comum na zona do euro
Os investidores tinham expectativas de que fossem criados bônus em comum da zona do euro, uma iniciativa que tornaria o custo da dívida dos países mais fracos mais administrável. Mas a possibilidade foi descartada pelos líderes da Alemanha, Angela Merkel, e da França, Nicolas Sarkozy, em reunião em meados de agosto.
Por outro lados, os dois líderes defenderam a criação de uma taxa sobre aplicações financeiras e um imposto comum sobre empresas na zona do euro.
Além disso, propuseram uma maior integração da região e rigor nos gastos públicos como fórmula para recuperar a confiança dos mercados diante da crise financeira atual.
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